quarta-feira, dezembro 14, 2005

COMEÇO DE UM FIM DE TARDE



Como uma borboleta que tenta pousar leve no arco-iris, eu, que entardeço no amanhecer, que amanheço, amanheço, amanheço... descubro em tudo o que adormeço e desperto que eu sou um ponto sem luz com o brilho interno dos poetas, poetas, poetas... este cheiro de tudo, de nada navega em meus pulmões, como o perfume do orvalho inebriante da manhã. Inesquecível.
{ Rio de Janeiro,14 de dezembro de 2005. / Por D. Gerber }


Poética I
Vinicius de Moraes

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

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