segunda-feira, fevereiro 12, 2007


Arrependimento póstumo
(Daline Rodrigues Gerber)

Quando Deus decidir me deletar do mundo
E esses escritos, em livro,
Ficarem ao relento beira-mar,
O tempo me consumirá
Como homem algum fez...
Cada página se dissolvendo,
Cada lágrima evaporando,
Sairei voando, confundida
Entre oxigênio e poluição...
Quando Deus quiser emudecer minha voz
Que , na vida, pouco falou,
Quando meus olhos ultrapassarem
A estratosfera cegos e escuros,
E quando alguma parte de mim,
Ainda sensível, mas impotente,
Quiser gritar,
Serei apenas o arrependimento
De não ter acolhido e cultivado
Tudo o que minh’alma
Chamou um dia de amor.

Comente:
"Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
....
Só uma palavra me devora
aquela que meu coração não diz
Só o que me cega
O que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri"
Abel silva,musicada por Sueli Costa

Sim,Daline, é essa palavra presa na garganta o que nos mata.Por isso,não hesite em viver de acordo com o seu coração,com a pureza do ele tem a lhe dizer.(Claro que um pouco de razão também ajuda).Assim você morrerá arrependida do que fez,mas não do que deixou de fazer.Apesar de tudo,ouça a voz do seu coração.No fim das contas,você tem que prestar contas é à sua consciência.
 
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