domingo, fevereiro 18, 2007
(Daline Rodrigues Gerber)
Os anos passarão, como de costume...
Você e o seu medo,
Eu e a minha coragem medrosa:
Temos que prosseguir!
Vi seu ultimo olhar,
Ouvi sua ultima prece...
Meu Deus, como estou perplexa!
Sentou-se só no banco entre a alameda,
Ouviu os pássaros, pensou em mim,
Pensou muitas vezes em me falar algo...
Queria falar verdades,
Não sabia o que era verdade.
Queria gritar mentiras justas...
A vida era assim.
Mas sua boca era um calar tão triste,
Um calar que nem ao menos cabia em meus braços,
Um calar de quem engole o mundo
E o guarda estreito numa lágrima de domingo,
Num gemido sem palavras e sem sentidos
Na cama, madrugada...
Tantos problemas
E, no meio deles,
Esse amor.
Tão simples, de repente.
Eu sou tão pequena nesse seu mundo,
Só me resta entender...
A vida é sempre assim.
Mas, ainda que eu queira,
O mundo inteiro não é maior do que eu sinto...
Os anos passarão...
Minhas mãos enrugadas e tremulas,
É o que me aborrece,
Creio: estarão sempre abertas.
Sou daquelas que esperam e esperam ser esperadas dentro do meu desespero.
Teus versos doem no peito como um aguilhão,um punhal pelo Amor cravado.
calar,gritar,uivar,ganir,gemer.vamos deixando nossa pele em cada amor que vivemos ou que sonhamos e seguimos em frente.Seguimos sendo nós mesmos.Ou um pouco outros,mas no fundo,nós.Medo corajoso,coragem medrosa.Somos apenas humanos...
<< Home