terça-feira, julho 07, 2009

Finalidade
03/06/2009
(Daline Rodrigues Gerber)

Lá no final desses olhos
Haverá fim?
Entre paredes,
Entre nós...
Haverá começo?
Os poetas, as novas metáforas
O personagem sincero e mentiroso
Que inventei...

Você me inventou.

Sou alegre? Sou triste?
Sou calma? Avassaladora?
Você não sabe,
Eu não sei...
Quer me ver?
Quer me ver?
Rolo pelo chão, levanto, pulo,
Encosto meu corpo na parede,
Deixo que toquem minha face
Meu corpo, meu sexo.
Não há como me virar do avesso,
Não consigo tocar no fio invisível
Que ordena que eu diga:
Eu te amo...
Mas não digo...
Eu te amo...
Mas eu não sei...

O que é o amor?
É esse querer bem?
Esse que passou ventando em minhas pernas...
Como um foguete, entrou, saiu, ficou, riu
E lá está: fora de mim.
E aqui está: dentro de mim.

O que sinto foge,
Muda, cresce, diminui, transborda, seca.
Você me rega com um sorriso
E tenho flores que às vezes não te dou...
O que sinto é só meu.
Quando mesmo devo dar, ofertar, viver o amor?
Quando?

Quando é amor?

Eu aceito que o amor mude.
Você aceita?
Você aceita me beijar hoje e me querer hoje
E amanhã e depois
Até que o encanto se acabe?
Você aceita ter me visto nua e eu a você
E depois sermos amigos que reinventaram o amor?
Tenho medo de perder amigos.
Não namoro com inimigos.
Namoro... e depois amigos?
Mas que merda eu te querer quando você não me quer mais
Mas que merda você me querer quando eu não te quero mais...
Noventa e nove por cento de chances de os sentimentos mudarem com o tempo.
Não tenhamos medo do começo,
Tudo tem um fim.

E recomeça.

Comente: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?